Núcleo Naval

Dedicado ao tema flúvio-marítimo, o Núcleo Naval do Ecomuseu Municipal do Seixal foi criado e aberto ao público em 1984, no sítio de um antigo estaleiro naval em Arrentela, da Sociedade de Reparações e Construções Navais, que ali funcionou até final da década de 1970. Este núcleo tem por vocação a salvaguarda e divulgação de memórias e de testemunhos da construção naval e da vida marítima, relativos ao concelho do Seixal na sua relação com o meio natural e cultural do estuário do Tejo e da região em que se insere.

O rio e o estuário constituíram, ao longo dos tempos, um importante elo de ligação e atração humana de que resultaram as povoações ribeirinhas que cresceram nas suas margens em diferentes momentos históricos, ligadas a atividades de exploração dos recursos naturais do território ou utilizando-os enquanto via de comunicação com outros espaços.

Das atividades desenvolvidas ao longo da história no concelho do Seixal, destacam-se a pesca, a construção naval em madeira, o tráfego fluvial, a moagem utilizando a força das marés e, numa fase mais tardia, a instalação de indústrias.

Através de exposições e outras atividades, o Núcleo Naval dá a conhecer estas realidades, dispondo para o efeito de uma sala dedicada a exposições de longa duração e um espaço oficinal também usado para exposições temporárias. 

Tendo permanecido aberto ao público desde 2005, depois da requalificação arquitetónica e museográfica, o Núcleo Naval encerrou recentemente para a realização de obras de conservação e requalificação do imóvel e reabriu as suas portas em maio de 2023 com a exposição de longa duração renovada, Barcos, Memórias do Tejo, e com uma nova exposição temporária intitulada Fragatas no Seixal.

Reconstrução virtual da fragata Cravidão 

Esta embarcação, de que resta a sua ruína na zona de maré junto ao Núcleo Naval do Ecomuseu, foi um dos diversos tipos de barcos que navegaram no estuário do Tejo até meados do século XX.