Rota da Ecologia e da Faina no Rio Tejo

Baía do Seixal
Cerca de 10 por cento do território do concelho do Seixal insere-se em Reserva Ecológica Nacional, nomeadamente os sapais de Corroios, Coina e do Talaminho.

Particularmente no sapal de Corroios, é de salientar a riqueza ornitológica e a fauna aquática existentes. Este local serve de pouso temporário para muitas aves migratórias, como o flamingo, o alfaiate, o perna-longa, a garça e o pato-bravo, que aqui procuram alimento e abrigo. O Sapal de Corroios funciona também como viveiro natural para diversas espécies de moluscos, crustáceos e peixes.

A Baía do Seixal tem condições naturais únicas para a realização de diversas atividades desportivas e de lazer.

Com uma ampla frente ribeirinha, o concelho é um destino excelente para a prática das atividades de náutica de recreio, não só pelas suas características únicas, nomeadamente a configuração de um porto de abrigo natural, como também a sua proximidade a Lisboa.

Na Estação Náutica Baía do Seixal, os nautas que nos visitam contam com uma resposta qualificada e podem usufruir de cais de acostagem, fundeadouro, rampa de alagem e serviço de marinheiro, entre outros serviços e equipamentos relacionados com a atividade.

Embarcações Tradicionais do Tejo

O bote de fragata Baía do Seixal e o varino Amoroso, embarcações tradicionais recuperadas pela autarquia, percorrem diversos circuitos turísticos no rio Tejo.

As técnicas tradicionais de navegação à vela são praticadas e transmitidas no processo de utilização destas embarcações, preservadas enquanto património museológico.

A sua utilização em passeios, conciliando objetivos educativos e de lazer, pretende contribuir para o conhecimento e interpretação dum vasto património fluvio-marítimo, de grande importância para o desenvolvimento das zonas ribeirinhas.

Estas embarcações estão equipadas de meios de salvação e navegam com tripulações próprias, segundo as normas de segurança requeridas pelas autoridades marítimas e a legislação em vigor.

O cais principal de apoio está situado na Estação Náutica Baía do Seixal, Núcleo de Náutica de Recreio do Seixal (junto ao jardim do Seixal).

Núcleo Naval

O Núcleo Naval do Ecomuseu Municipal do Seixal, em Arrentela, apresenta uma exposição denominada «Barcos, Memórias do Tejo», que evoca a construção naval, a navegação de tráfego local e a pesca como aspetos marcantes não só da história do concelho, mas também das restantes populações ribeirinhas do Estuário do Tejo.

Na oficina de construção artesanal de modelos de barcos do Tejo, encontram-se artífices que se ocupam da construção e da reparação de modelos, executados à escala a partir da reprodução de planos do Museu da Marinha ou de planos originais das embarcações.

Observatório de Aves no Sapal de Corroios

O Observatório de Aves no Sapal de Corroios, localizado na Ponta dos Corvos, foi inaugurado em setembro de 2014. Esta estrutura foi implementada pela ONGA Grupo Flamingo – Associação de Defesa do Ambiente, com o apoio da Câmara Municipal do Seixal e da Junta de Freguesia de Corroios, entre outras entidades, com o objetivo de criar um local onde se possam observar aves facilmente e em segurança. 

No distrito de Setúbal, o observatório é a primeira infraestrutura do género construída em plástico reciclado.

Apesar de se encontrar no meio de uma zona urbana, o sapal de Corroios é um ótimo local para observar diversas espécies de aves aquáticas, com destaque para as limícolas (que vivem no limo, lodo ou lama). 

Praia da Ponta dos Corvos e envolvente
Situa-se em frente da cidade do Seixal, do lado oposto da Baía. Constitui um dos flancos da barrinha do Seixal, com frente para o vasto Mar da Palha. Deve o seu nome ao facto de ali se encontrarem com frequência, particularmente no inverno, corvos marinhos.

Da Ponta dos Corvos tem-se uma panorâmica privilegiada sobre o maior estuário da Europa. Sempre com o Tejo em primeiro plano, vêem-se ao fundo as cidades de Lisboa, Almada e Barreiro.

Nas suas praias, sobretudo frequentadas no verão, surgem na baixa-mar vastos baixios de areia e o que resta de antigos bancos de ostras.

Destaca-se ainda a existência de um cais para acesso fluvial, que durante a época balnear é local de acostagem de uma embarcação local que faz o transporte entre o núcleo urbano antigo do Seixal e a Ponta dos Corvos.

Quinta da Fidalga
 
A Quinta da Fidalga constitui um dos mais importantes exemplos das quintas agrícolas e de recreio outrora existentes nesta região. Desde o século XVII está documentada a sua ligação à família Gama Lobo, que se destacou no serviço régio, tendo alguns dos seus membros exercido funções como secretários do Conselho da Fazenda. 

Além da casa senhorial, os seus jardins de buxo são dignos de destaque, conservando importantes painéis de azulejos, três fontes de embrechados e um lago de maré, considerado um monumento raro na arquitetura hidráulica portuguesa.

Em meados do século XX, o imóvel sofreu uma intervenção profunda sob direção do arquiteto Raúl Lino, tendo sido alterada a articulação entre alguns dos seus espaços. 

A Quinta da Fidalga é propriedade da Câmara Municipal do Seixal desde 2001.

Núcleo da Quinta da Trindade

Remontando ao século XV, a Quinta da Trindade foi deixada em testamento por D. Brites Pereira, viúva de Rui de Melo, Almirante de Portugal no reinado de Afonso V, ao Mosteiro da Santíssima Trindade de Lisboa, instituição consagrada ao resgate de cativos cristãos capturados por muçulmanos, em cuja posse se viria a manter até 1834.

A residência da Quinta da Trindade tal como hoje a conhecemos resulta de uma intervenção realizada na última década do século XIX, segundo projeto do arquiteto belga Jules Brunfaut.

Em 1971, o edifício residencial foi classificado como Imóvel de Interesse Público. Constitui um dos núcleos do Ecomuseu Municipal do Seixal desde 1982, sendo o seu acesso condicionado. 

Núcleos Urbanos Antigos

No concelho do Seixal existem 4 núcleos urbanos antigos definidos: Seixal, Arrentela, Amora (subdividido em Amora de Cima e Amora de Baixo) e Aldeia de Paio Pires.

Para além das suas especificidades, estas áreas têm características comuns, nomeadamente uma zona mais antiga de extensão variável e uma malha urbana de raízes medievais ou modernas, cujo desenvolvimento acompanhou as necessidades demográficas. As unidades fabris e as profissões existentes no início do século XX em cada uma das localidades, foram também fator de grande influência no crescimento e desenvolvimento das ruas e da toponímia existente até aos dias de hoje.

Mais informações:

Posto Municipal de Turismo

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