Seixal acolhe exposição pelo desarmamento nuclear
O Município do Seixal assinala o 79.º aniversário dos bombardeamentos dos Estados Unidos da América contra as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui, ocorridos em 6 e 9 de agosto de 1945, com a exibição de uma exposição pelo desarmamento nuclear.
A mostra, da responsabilidade do CPPC – Conselho Português para a Paz e Cooperação, promove a adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares e pode ser visitada no átrio dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal até ao dia 29 de setembro.
«No âmbito do MMPP – Movimento Municípios pela Paz, a Câmara Municipal do Seixal assinala um conjunto de datas relevantes no contexto da defesa da paz e da promoção da segurança e desenvolvimento humano e é nesse contexto que recebemos esta exposição no edifício dos Serviços Centrais, para recordar, sempre, que o caminho da paz é o que tem de ser seguido no mundo inteiro», referiu o vice-presidente da autarquia, Joaquim Tavares.
Recorde-se que nos dias 6 e 9 de agosto voltaram a assinalar-se os bombardeamentos atómicos de Hiroxima e Nagasáqui – duas cidades bombardeadas em 1945 pelos EUA. Também o dia 26 de setembro, designado pela Organização das Nações Unidas como o Dia Internacional para a Abolição Total das Armas Nucleares, faz parte das datas a assinalar pelo MMPP, com o intuito de alertar para a necessidade do desarmamento nuclear a nível global e para a ameaça à paz e segurança que a utilização de meios nucleares constitui.
O CPPC lançou em simultâneo a petição «Não às Armas Nucleares! – Pela Adesão de Portugal ao Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares!», que pode ser assinada em peticaopublica.com. Esta petição surge em consonância com a Constituição da República Portuguesa, que defende o «desarmamento geral, simultâneo e controlado», e pretende reclamar das autoridades portuguesas a ratificação do tratado aprovado em 2017, numa conferência da ONU, por 122 estados.
Em Portugal é ao Governo que compete assinar o tratado, seguindo-se a ratificação pelo Parlamento e a promulgação pelo Presidente da República.
Já subscrita pela autarquia, a petição tem ainda maior pertinência no atual contexto político, face às sucessivas declarações sobre o possível recurso ao armamento nuclear.
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