As Árvores Olham por Nós

Exposição de Ida Pires.

A inauguração realizou-se no dia 8 de setembro, sexta-feira, às 19 horas.

De 8 de setembro a 14 de outubro

Horário

De terça-feira a sábado, das 15 às 19 horas.

Catálogo da exposição – PDF [484 KB]

Ida Pires, estudante na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, começou a desenhar e a pintar desde cedo.

O seu trabalho explora diferentes técnicas, suportes e conceitos, tais como a tela, o tecido, a fotografia digital e instalações.

Os temas que aborda são, principalmente, a natureza – materiais e formas orgânicas –, e a presença do corpo humano no mundo natural, utilizando linguagens pictóricas figurativas e abstratas, ou o cruzamento entre ambas, que evoluem lado a lado numa sequência de desenvolvimento dos recursos técnicos, imaginativos e criativos.

Na presente exposição, intitulada As Árvores Olham por Nós, apresenta um conjunto de obras produzidas recentemente com as quais pretende surpreender e dar a conhecer o seu trabalho ao público.

Continuação de muito (e bom) trabalho, Ida, e desfrutem!

Paulo Silva
Presidente da Câmara Municipal do Seixal

Habita em si a memória dos lugares que a fazem feliz e cresce uma saudade de quando em criança lá existia, na terra dos seus avós. A nostalgia, as lembranças, a partir dos pais, avós, tios, parentes, conversas, revelam memórias que lhe vão pertencendo, fazem parte de si e são a sua herança. O que conhece, o que vai conhecendo e o que nunca conheceu faz com que as pessoas continuem vivas pelos olhares e toques das outras que permanecem.

Na busca duma casa pertencente a todos e a ninguém, ao mesmo tempo, um lugar íntimo que fará o espetador sentir uma certa nostalgia e que se relacionará pelas suas próprias vivências. A partir do exterior da casa, envolve a natureza nesta busca, assim como a partir de todos os movimentos orgânicos das mobílias, das decorações e objetos antigos. Apresenta a natureza com um sentimento latente de nostalgia e saudade. Cria atmosferas que correspondem a uma geografia interior, sobrepondo-se ao reflexo da realidade mantendo sempre referências ao real, consciente ou inconscientemente.

Com fragmentos do que uma vez pertenceu a um lar, a uma família e que fizeram alguém sentir-se em casa. A casa é só um espaço, palco das memórias, não é a casa que as guarda, mas sim nós que as guardamos com ela.

Ida Pires