Autarquia do Seixal reuniu-se com a Transtejo
Na passada segunda-feira, a autarquia do Seixal reuniu-se com a presidente do Conselho de Administração da Transtejo, Alexandra Ferreira de Carvalho.
Neste encontro, o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, apresentou o seu protesto pela constante supressão de carreiras que fazem a ligação entre o Seixal e o Cais do Sodré.
A autarquia considera que é visível que o serviço público desenvolvido pela Transtejo no concelho do Seixal tem sido deficiente, deixando, devido à constante supressão de carreiras, muitos utentes com dificuldades em chegar à capital. Esta redução de carreiras tem originado uma redução de utilizadores, que procuram alternativas para se deslocarem, entre as quais o transporte individual ou o comboio, sendo visível, neste último, uma sobrelotação que também piora a qualidade das deslocações neste meio de transporte.
Só no mês de outubro de 2024, registou-se a supressão de 89 carreiras fluviais, sendo que a maioria das supressões ficou a dever-se a problemas com o carregamento das baterias dos navios elétricos.
O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, refere que «a autarquia do Seixal não aceita que sejam sempre os utentes do concelho os castigados com as supressões das carreiras». O autarca refere ainda que propôs à Transtejo que «haja algumas carreiras, vindas do Barreiro, que passem no Seixal para apanhar utentes, seguindo depois para Lisboa, tendo em conta que a distância entre o Barreiro e o Seixal é curta. Parece-nos que esta possibilidade pode minorar o problema das supressões».
Paulo Silva referiu ainda que «até ao momento foram entregues à Transtejo cinco navios elétricos e todos têm apresentado problemas com o sistema de carregamento, sendo estes problemas a maior causa das constantes supressões de carreiras. Da parte da Transtejo foi-me dito que esta situação deve estar resolvida até ao final do ano, com as reparações nos sistemas de carregamento e com a estação de carregamento do Cais do Sodré a funcionar».
O transporte fluvial no rio Tejo assume uma importância estratégica na mobilidade das populações da Área Metropolitana de Lisboa (AML), a qual tem vindo, de há vários anos a esta parte, a ser posta em causa com a redução de trabalhadores e problemas de manutenção nas suas frotas, conduzindo a cortes na oferta de transportes e a uma recorrente supressão de carreiras programadas, gerando perda de fiabilidade neste modo de transporte.
A Câmara Municipal do Seixal vai continuar a lutar pela melhoria deste serviço público, sendo que, se as supressões continuarem, a autarquia irá solicitar uma reunião ao ministro da tutela.
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