A Verdade de Uma História Mal Contada pelo Homem Imperfeito

  • 16
    Sábado
    Novembro 2024
    >
    07
    Sábado
    Dezembro 2024
16.00 h


Exposição de Joana Sesta, integrada nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.


A inauguração realizou-se no dia 16 de novembro, sábado, às 16 horas.


De 16 de novembro a 7 de dezembro

Horário

De terça-feira a sábado, das 15 às 19 horas.


Catálogo da exposição – PDF [433 KB]


 

Cinquenta anos após o 25 de Abril de 1974 – «Esta é a madrugada que eu esperava / O dia inicial inteiro e limpo / Onde emergimos da noite e do silêncio / E livres habitamos a substância do tempo», no dizer de Sophia de Mello Breyner Andresen –, a Câmara Municipal do Seixal orgulha-se de, também na área das artes plásticas, ter sido pioneira e ter percorrido e desbravado caminhos de forma consistente, coerente, regular e harmonioso, permitindo o desenvolvimento das artes visuais no concelho do Seixal, porque defender a cultura é uma das mais inadiáveis formas de fazer ouvir todas as vozes e um valor fundamental na formação da consciência, da soberania e da identidade dos povos, dialogando, de igual para igual, com o seu imenso potencial de criação, liberdade, transformação e resistência, e tal como a emancipação do trabalho, parte essencial do património do futuro.

Joana Sesta, detentora de um percurso eclético, intenso e enérgico, ao aceitar o desafio que lhe foi endereçado pela Câmara Municipal do Seixal concebeu a exposição A Verdade de Uma História Mal Contada pelo Homem Imperfeito, em que apresenta um conjunto de trabalhos alicerçados num tema espiritual, com o objetivo de apelar à reflexão e curiosidade do espetador.

Mais do que uma exposição, este é um convite para que, com serenidade e tranquilidade num mundo cada vez mais conturbado, se contemplem as obras e se reflita.

Paulo Silva
Presidente da Câmara Municipal do Seixal

 

 

Esta coleção tem como base um tema espiritual que procura criar no olhar de cada um de vós a curiosidade para pensar em assuntos e verdades que têm vindo a ser afastados e ofuscados pela velocidade da vida que vivemos nos dias de hoje, que não nos incentiva nem nos permite, por vezes, pensar. 

É-nos fundamental um lado físico e psicológico para vivermos, bem como um lado emocional para nos relacionarmos. Mas o lado que tem vindo a ser descurado violentamente na nossa vida tem sido o lado espiritual. Aquele que nos ajuda e nos direciona, que dá um sentido à vida, que nos ensina a sermos melhores pessoas, a aprender a lidar com os outros, que desenvolve a nossa consciência, aquele que nos dá mais força do que a física e/ou emocional; no fundo, aquele que responde às questões mais pessoais e difíceis da vida. 

Se eu disser as palavras «calma», «saúde», «longevidade», «tranquilidade», «ordem», «amizade», «paz» e «amor», é provável que desejassem que mais do que uma comandasse a vossa vida. Com a diferença que existe entre todos nós, com diferentes personalidades, vontades e interesses, questionei-me como é possível que todos partilhemos estes mesmos desejos? Isto levou-me a concluir que existem certos objetivos e desejos que parecem ser intrínsecos ao nosso ser. 

A minha caminhada pela espiritualidade levou-me a encontrar respostas a tantas perguntas importantes e que nunca ninguém, nem ciência alguma, me respondeu de forma satisfatória. Também me confirmou outras questões, o que me fez ter mais confiança no que aprendia. Com estas obras mostro-vos uma pequenina parte da minha jornada por estas questões e parte das minhas meditações que só foram possíveis depois de conhecer os ensinamentos escritos no livro mais traduzido e antigo de toda a história da nossa humanidade: a Bíblia. Gostaria que experimentassem colocar as vossas ideias pré-concebidas de lado, por momentos, como eu ousei fazer um dia, e meditassem sobre os assuntos que vos apresento, e depois, sim, chegassem às vossas conclusões. 

Como resultado pretendo apenas que o observador dê uma oportunidade a algo que normalmente é mal interpretado, infundamentado e com ideias pré-concebidas. Como seres imperfeitos que somos, é só natural que aquilo que nos contaram um dia possa não ser necessariamente toda a verdade ou que esteja, simplesmente, descontextualizado. Penso que devemos ser nós a esclarecer esses assuntos e, para isso, precisamos dar oportunidade ao conhecimento para depois avaliar conscientemente. 

Através destas minhas propostas, pretendo que se questione sobre estes assuntos e veja até que ponto fazem sentido para si, e talvez juntos possamos aprender algo novo que não só nos ajude a entender melhor onde estamos, como o que estamos a fazer aqui e, por último, a sermos mais felizes e melhores pessoas. 

Temos mais a ganhar em indagar do que em rejeitar conhecimento.

Joana Sesta

Público-alvo
Geral

Telefone 915 633 228

Email dc.galerias.municipais@cm-seixal.pt

Preço
Entrada livre

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