Sensibilização

Nesta área poderá encontrar temas que o ajudarão a compreender melhor alguns procedimentos e a assumir um comportamento ambientalmente mais sustentável.

Gestão de resíduos urbanos | Época balnear | Sacos de plástico | Papel/cartão | Resíduos têxteis 

Gestão de resíduos urbanos

Prevenção 

Um dos principais desafios da gestão de resíduos urbanos da atualidade é a sua prevenção. Na verdade, a prevenção de resíduos ocupa já o lugar de topo na hierarquia europeia de gestão de resíduos e pode ser definida como o conjunto de medidas tomadas para evitar que uma substância, uma matéria ou um produto se tornem num resíduo, nomeadamente através da redução da sua produção e da sua reutilização. A prevenção diminui os custos de fabrico, tratamento e deposição, o consumo de recursos naturais e a emissão de gases com efeitos de estufa.

O modelo de produção e tratamento dos resíduos urbanos tem de ser tratado em várias dimensões: ambiental, social e económica, pois a quantidade de resíduos gerados na Europa continua a aumentar ano após ano. 

Neste contexto, foi aprovado, no final de 2014, o Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos 2020 (PERSU2020) e posteriormente, em 2019, o PERSU 2020+, que preconizam uma permanente evolução na gestão de resíduos, quer através da prevenção da sua produção, quer garantindo que o respetivo tratamento é efetuado segundo as melhores técnicas disponíveis, tendo em vista que a quantidade de resíduos encaminhados para aterro seja tendencialmente decrescente.

Como reduzir o lixo em casa

  • Organize um caixote do lixo com espaços divididos para receber as várias categorias de resíduos domésticos, com vista à reciclagem;
  • Faça compostagem caseira: se tem um pequeno jardim ou quintal, adquira um compostor e, com os seus resíduos orgânicos, produza um fertilizante natural para as suas árvores ou plantas;
  • Prefira produtos de produção local: produtos de origem mais longínqua representam mais transporte, mais embalagem e mais poluição;
  • Escolha produtos com menos embalagem: prefira embalagens familiares e produtos não embalados ou com embalagens recicláveis;
  • Cole o dístico «Publicidade não endereçada, aqui não, obrigado!» na sua caixa de correio, para evitar a poluição publicitária não desejada.
  • Substitua os rolos de papel de cozinha pelos panos de cozinha, são mais ecológicos; 
  • Guarde os alimentos em caixas em vez de utilizar a película aderente ou a folha de alumínio na cozinha. A produção de alumínio implica grandes gastos de energia;
  • Utilize pilhas recarregáveis, apesar de mais caras do que as descartáveis. Se utilizar pilhas com alguma frequência, estas têm um grande período de vida, o que dá retorno ao investimento que é realizado.

Época balnear

Para que usufrua das praias em pleno na época balnear, são aqui relembradas algumas práticas ambientais que devem ser adotadas nas praias do nosso país para evitar cenários pouco agradáveis de areais cheios de lixo. Todos temos um papel a desempenhar na proteção de um património que nos proporciona bem-estar e qualidade de vida. 

Boas práticas

  • Leve sempre um saco de plástico onde possa ir acondicionando os resíduos. Ficando longe do contentor de praia, evita as viagens frequentes ao contentor e não sucumbe à tentação de enterrar o caroço da fruta na areia. Ao fim do dia, deposite o seu saco, devidamente atado, no contentor;
  • Nos dias em que o vento sopra um pouco mais forte, tenha especial atenção aos guardanapos e pequenos plásticos que voam com muita facilidade. Não os deixe à solta e evite também que estes possam incomodar os seus vizinhos;
  • Opte por levar a fruta descascada e partida numa caixa de plástico, embrulhe os talheres e as sandes em panos ou leve a água num cantil. Evite os filmes plásticos e o papel de alumínio e, deste modo, estará a reduzir a quantidade de lixo produzido numa ida à praia;
  • Separe os seus resíduos e utilize corretamente os ecopontos, sempre que estes se encontrarem disponíveis na praia;
  • Há muitos concessionários que disponibilizam cinzeiros de praia, para evitar as beatas na areia. Este resíduo é difícil de remover do areal e é perigoso para as crianças pequenas que as podem apanhar e colocar na boca. Utilize estes cinzeiros sempre que possível. 
  • Quando sair da praia, certifique-se que não se esqueceu de nada no areal, inclusivamente se o local ficou devidamente limpo.

Curiosidade 

Os cotonetes são dos resíduos mais encontrados nos oceanos e praias. Esta situação ocorre devido à sua deposição nas sanitas, uma vez que as estações de tratamento não têm capacidade para reter esses objetos, que são demasiado finos e acabam no meio aquático e depositados na areia das praias.

Sacos de plástico

Cada saco tem apenas 25 minutos de tempo médio de vida útil e muitas vezes são utilizados apenas uma vez.
Apesar do seu curto tempo de vida útil, os sacos de plástico podem demorar 300 anos a degradar-se e são o segundo resíduo mais abundante encontrado à superfície do mar (logo a seguir às beatas de cigarros).

Qual é o problema dos sacos de plástico leve

  • Este tipo de saco é o mais prejudicial ao ambiente. Como são menos resistentes, fragmentam-se com maior frequência e servem para muito poucas utilizações. Por outro lado, são igualmente mais difíceis de tratar como resíduo, pois misturam-se com o restante lixo, dificultando a reciclagem de outros sacos e outros materiais e, por isso, são muitas vezes encaminhados para aterro sanitário;
  • Quando deixados ao abandono, voam facilmente, atingindo grandes distâncias e poluindo a natureza e o mar. Com o tempo, separam-se em partículas finas, que entram nos ecossistemas e na nossa cadeia alimentar;
  • A produção, transporte e tratamento destas grandes quantidades de sacos é responsável pelo consumo de muitos recursos, incluindo água e petróleo, tornando-o num produto muito pouco sustentável.

O que fazer 

  • Optar por usar sacos de outros materiais ou sacos de plástico mais resistente e reutilizáveis, que possam durar muito mais tempo, substituindo milhares de sacos que apenas são utilizados uma vez; 
  • Quando tiver de se desfazer do seu saco de plástico, certifique-se que o coloca no ecoponto das embalagens (amarelo);
  • Colocar um pequeno saco dentro da mala ou no carro, para evitar comprar mais um saco quando fizer uma compra inesperada.

Papel/cartão

Uma tonelada de papel reciclado poupa cerca de 22 árvores, economiza 75% de energia eléctrica e polui o ar 74% menos do que se fosse produzido de novo.

Porquê espalmar 

As embalagens de papel/cartão (sobretudo as de maior dimensão), não cabem na boca do ecoponto, por isso devem ser espalmadas. Desta forma, ocuparão menos espaço dentro do ecoponto, otimizando a sua capacidade, isto é, vão caber muitos mais resíduos dentro do ecoponto.

Não colocar fora do ecoponto

Colocar resíduos fora do ecoponto origina uma falsa perceção de que o ecoponto está cheio, o que leva alguns utilizadores a não verificarem se os seus resíduos cabem no ecoponto, depositando-os de imediato fora do ecoponto. Esta situação cria vários constrangimentos:

  • dificulta a acessibilidade ao ecoponto a outros utilizadores;
  • promove a acumulação de outros resíduos que acabam por se acumular junto destes (pequenos papéis ou plásticos que andem a esvoaçar na rua);
  • cria problemas ao nível da qualificação do espaço e da higiene urbana.

Quem recolhe os ecopontos

A Amarsul é a empresa responsável pela recolha seletiva de resíduos recicláveis dos 9 municípios da península de Setúbal. Neste sentido, cabe-lhe a tarefa de recolher os ecopontos existentes na via pública ou atribuídos aos moradores nas zonas de recolha porta a porta. No entanto, os resíduos que são colocados fora do ecoponto, na sua envolvente, nem sempre são encaminhados para reciclagem. Os resíduos colocados na envolvente dos ecopontos podem ser recolhidos pelos serviços de limpeza e recolha de resíduos da Câmara Municipal do Seixal. 

Alternativa aos ecopontos 

O Ecocentro de Vale de Milhaços é a infraestrutura indicada para receber materiais recicláveis que pela sua quantidade ou dimensão não sejam adequados para serem colocados no ecoponto. A utilização do ecocentro é gratuita até 2m3 por semana. 

A Amarsul disponibiliza ainda um serviço especial de recolha de papel/cartão porta a porta aos comerciantes que queiram aderir (linha verde: 800 205 674). 

Recolha porta a porta a comerciantes

O correto encaminhamento do papel e cartão produzido pelo pequeno comércio é fundamental para a higiene e limpeza do espaço público. Para evitar a acumulação destes materiais na envolvente de ecopontos e contentores do lixo, aqui se apresentam algumas boas práticas a seguir.

Pequenos produtores

  • Selecionar as embalagens limpas de papel/cartão e espalmá-las;  
  • Depositar o cartão dentro do ecoponto azul e nunca no contentor de resíduos indiferenciados;
  • A colocação das embalagens na envolvente do ecoponto deverá ocorrer apenas e só se a dimensão da caixa espalmada for superior à dimensão da abertura de receção do ecoponto. 

Grandes produtores

  • Contactar a Amarsul para inclusão do estabelecimento comercial no sistema de recolha porta a porta (linha verde: 800 205 674);
  • Acondicionar o cartão, nos termos acordados com a Amarsul.  

O papel e cartão depositados no ecoponto azul são encaminhados para o Ecoparque do Seixal onde são triados, separados e enfardados, seguindo depois para fábricas de reciclagem. Depois de processados e valorizados, geram novos produtos, designadamente caixas de ovos, papel higiénico, guardanapos e papel de embrulho.

Resíduos têxteis

O consumo intenso é uma das características mais marcantes da nossa sociedade, o que coloca sérios desafios no que respeita à gestão da grande quantidade de resíduos que origina.

Assim, cada vez mais se procura apostar na prevenção de resíduos, isto é, evitar a sua produção e, quando isso não é possível, procurar que o produto seja produzido com baixo consumo de matérias-primas, apresente uma percentagem elevada de materiais reciclados e recicláveis, exclua compostos tóxicos de toda a cadeia de produção, exclua quaisquer testes em animais, apresente um longo período de vida útil e permita um baixo consumo de energia, entre outros aspetos.

No entanto, é importante continuar a encontrar soluções para os resíduos produzidos, sendo disso exemplo a reutilização e reciclagem de roupa usada.

A Câmara Municipal do Seixal estabeleceu uma parceria com a Associação HUMANA, no sentido de promover a recolha seletiva de roupa/sapatos usados, através da colocação de alguns contentores para recolha deste tipo de produtos.

A Associação HUMANA é uma organização não governamental para o desenvolvimento, que financia projetos de cooperação em países em vias de desenvolvimento através da comercialização da roupa recolhida.

Parte da roupa/sapatos recolhidos são encaminhados para as lojas de venda de roupa em segunda mão existentes na região de Lisboa (nove em Lisboa e cinco no Porto) e outra parte é encaminhada para África onde é vendida a comerciantes, estimulando as economias locais. O retorno destas vendas é ainda usado para apoiar países e comunidades mais carenciadas, através da implementação de projetos de ajuda e cooperação para o desenvolvimento no âmbito da educação, cultura e assistência.

Boas práticas

  • Selecione apenas roupa/sapatos em bom estado, que possam vir a ser reutilizados;
  • Coloque a roupa/sapatos num saco devidamente fechado;
  • Deposite apenas em contentores que não se encontrem violados;
  • Evite a deposição se os contentores estiverem cheios.

O que pode colocar nestes contentores

Roupa

  • Roupa de homem, senhora e criança;
  • Sapatos de homem, senhora e criança;
  • Roupa de casa (lençóis, cobertores, atoalhados).
  • Marroquinaria
  • Malas, carteiras, porta-moedas, estojos, cintos, chapéus. 

Locais de depósito

Encontre o contentor mais próximo de si, no site da Associação HUMANA.

 

Desinsetizações

Em Portugal, a atividade dos mosquitos/melgas ocorre, sobretudo, entre maio e outubro, meses em que a Câmara Municipal do Seixal realiza os tratamentos de desinsetizações, para o controlo de insetos.

As desinsetizações implicam a pulverização de produtos químicos, pelo que são tratamentos muito ponderados e com uma supervisão muito rigorosa. Pretende-se sempre não eliminar agentes polinizadores (ex.: abelhas), que são vetores valiosos para o ecossistema, e libertar apenas as quantidades eficazes e seguras para o combate destas pragas.

Contudo e atendendo ao problema global das alterações climáticas, que interfere diretamente na atividade das melgas/mosquitos, nomeadamente um maior aparecimento num período de tempo mais curto, ou ainda a sua eclosão em meses de temperaturas mais amenas e o não aparecimento em épocas que estávamos habituados (calor), faz com que seja necessário a monitorização e o acompanhamento desta situação, com vista ao menor impacto possível para a população e para o ambiente.

Referira-se ainda que existem cinco plantas que funcionam como repelentes naturais de insetos: a citronela, a lavanda, o manjericão, o crisântemo e o alecrim, que podemos ter nas nossas varandas e casas, pois só com um esforço conjunto é possível um combate eficaz.

Está aqui