Autarquia exige obras na Escola Básica Paulo da Gama

Comitiva da autarquia em visita à Escola Paulo da Gama
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01 Fev '17

A Câmara Municipal do Seixal visitou, no dia 30 de janeiro, a Escola Básica Paulo da Gama, em Amora, um equipamento que abriu as portas em outubro de 1973. 

De estrutura tipo pavilhonar, ou seja, constituída por pavilhões ou blocos similares de apenas um piso, ligados por galerias exteriores cobertas, teve uma construção que foi considerada inovadora para a época. Quarenta e três anos depois, a escola continua a ser uma referência em termos educativos, mas as instalações, outrora à frente do seu tempo, não sofreram qualquer intervenção de fundo, situação que preocupa a autarquia, e para a qual se tem vindo a solicitar intervenção por parte do Ministério da Educação para estes problemas vividos diariamente por docentes, funcionários e os cerca de 700 alunos que frequentam aquele estabelecimento de ensino.

São por demais evidentes as debilidades ao nível das infraestruturas de água, saneamento, eletricidade, coberturas, pavimentos, cozinha, pavilhão desportivo, espaços exteriores e dos próprios edifícios que a compõem. Os problemas detetados e as insuficiências são de tal ordem que justificam e exigem uma intervenção generalizada com vista à sua requalificação global. As pequenas intervenções que têm sido feitas e que têm remediado as situações não são mais solução.

A necessidade de obras urgentes na Escola Paulo da Gama há muito que está identificada na Carta Educativa do Seixal, a qual, aquando da sua homologação pelo Ministério da Educação, já contemplava a realização de uma intervenção profunda nesta escola. No entanto, até hoje, os sucessivos governos não procederam à necessária requalificação nem é conhecida nenhuma planificação nesse sentido.

“Estamos muito preocupados com o estado em que se encontram as escolas básicas do 2.º e 3.º ciclo e secundárias do concelho"

Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, referiu durante a visita que “estamos muito preocupados com o estado em que se encontram as escolas básicas do 2.º e 3.º ciclo e secundárias do concelho, havendo duas em particular que necessitam de cuidados urgentes de intervenção por parte do Ministério da Educação: a Escola João de Barros que, apesar de tudo, já tem um plano de obra, e a Paulo da Gama onde nos encontramos, e que não têm ainda qualquer planeamento ou calendário de intervenção”. O autarca referiu ainda que “a Escola Paulo da Gama, que conta já com 43 anos, tem ainda muitas infraestruturas do seu tempo inicial, pelo que está inadequada para o serviço público de educação que queremos para as nossas crianças e jovens”.

O autarca informou também que “esta foi mais uma visita, das muitas que já fizemos, e onde se verifica efetivamente que a escola não reúne as condições adequadas pelo que iremos solicitar novamente uma reunião com o Sr. Ministro da Educação, apesar de já o termos feito há um ano, sem qualquer resposta”. Para o autarca os “problemas como a rede de água e saneamento, as coberturas, as infraestruturas elétricas, as pinturas, os arranjos nos espaços exteriores, entre outras, são prioridades urgentes a serem resolvidas a breve prazo, pelo que iremos exigir que a intervenção nesta escola seja inserida num quadro de investimentos, com um calendário de obras definindo, que até poderá ser faseado”.

A visita foi também acompanhada pela diretora do agrupamento, Paula Campos, que referiu que esta “é uma escola com 43 anos, sem um plano conhecido que envolva a sua restruturação e a sua reabilitação total, incluindo a rede de esgotos e saneamento, o quadro elétrico, as coberturas, que necessitavam de uma intervenção de fundo, a cozinha, os balneários, o pavilhão gimnodesportivo, os pátios exteriores, que representam algum perigo para os alunos, entre outros problemas, que vamos resolvendo e que nos quais a tutela também vai intervindo”. Paula Campos salientou a participação dos pais, dos alunos e da comunidade “que têm sido uma ajuda fundamental para a manutenção desta escola, participando através do projeto Todos Contam, Todos Fazem”. Deu como exemplo a intervenção realizada no ano passado, em que pintaram as salas de aula e reabilitaram o espaço exterior. “Não se está no espaço ideal mas todos juntos vamos fazendo por isso”.

Vanessa Silva, vereadora com o pelouro da educação, acrescentou ainda que “é uma escola com 700 alunos, que funciona em horário duplo, e na qual a comunidade se revê no que se refere ao seu projeto educativo. É um projeto de proximidade, com qualidade, com uma biblioteca escolar que funciona, com professores que desenvolvem projetos junto com a comunidade, pais, alunos, autarquia, junta de freguesia, mas que ainda assim não colmata as necessidades de requalificação que se fazem sentir no espaço físico.”.

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