Fecho dos serviços de urgência de obstetrícia e pediatria

No entanto, a Câmara Municipal do Seixal desconhecia que os encerramentos dos serviços de urgência de obstetrícia e pediatria se verificavam ao mesmo tempo em todas as unidades hospitalares da margem sul, o que considera inaceitável, pois coloca em risco a saúde e a vida dos munícipes, neste caso mulheres e crianças. O encerramento destes serviços coloca as gestantes numa situação de ansiedade e preocupação potenciadora de riscos para a mulher e o bebé. Torna também difícil o trabalho das forças humanitárias que, numa situação de emergência, ainda têm de perceber a que unidades podem recorrer.

Precisamos de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) com profissionais de qualidade e em quantidade, de infraestruturas e equipamentos de qualidade que possam dar resposta às necessidades de todos os cidadãos, independentemente da sua condição socioeconómica, e os profissionais de saúde precisam de melhores condições de trabalho para poderem assim prestar os melhores cuidados.

Com as políticas conjunturais e não estruturais que têm vindo a ser tomadas, os custos com a saúde aumentam para as famílias, que não conseguem suportar as despesas com a saúde, nem têm possibilidade de recorrer ao setor privado, pelo que é urgente que se valorize o SNS e se revejam as remunerações dos profissionais de saúde, que se contratem mais médicos e que se invista verdadeiramente no SNS.

É urgente mitigar as dificuldades no acesso à prestação de cuidados de saúde primários, bem como dotar o município com equipamentos de saúde em número adequado à sua elevada densidade populacional, pelo que a autarquia irá continuar a reivindicar junto do Governo por melhores condições no SNS e pelo alargamentos dos horários de atendimento.

No concelho do Seixal esperamos há anos pela construção do hospital no Seixal, que o Governo se comprometeu a construir em 2009, e que tem visto sucessivos recuos em sair do papel.

A autarquia do Seixal, conjuntamente com a população, tem vindo, ao longo dos anos, a reivindicar e a lutar por melhores condições de acesso à saúde para a população, encontrando-se sempre do lado da solução e disponível para colaborar e contribuir para a concretização de mais e melhores equipamentos de saúde, nomeadamente disponibilizando terrenos para a construção dos mesmos; assumindo, mesmo não sendo sua competência, metade dos encargos com a ampliação da Unidade de Saúde de Fernão Ferro e assumindo, no âmbito de candidaturas que apresentou ao PRR e de protocolos assinados com o Ministério da Saúde, a construção dos novos centros de saúde dos Foros de Amora e de Aldeia de Paio Pires. Apesar disso, continua a ser necessário resolver os problemas referentes aos centros de saúde de Pinhal de Frades e da Rosinha que funcionam em edifícios sem quaisquer condições.