Demissão do CA da Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal

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05 Set '24

O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, repudia, de forma veemente, a demissão do conselho de administração da Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal, que integra o Hospital Garcia de Orta, em Almada e o Agrupamento de Centros de Saúde de Almada e Seixal.

Independentemente das razões que levaram a esta decisão do Governo, Paulo Silva mostra-se surpreeendido e afirma: «Não esperava esta decisão pois nada o justificava. É verdade que o Hospital Garcia de Orta tem imensos problemas, mas não nos podemos esquecer que foi construído para servir uma população de 200 mil pessoas e, atualmente, serve 350 mil habitantes. O problema resolve-se com a construção do Hospital do Seixal e não com a demissão do Conselho de Administração».

Esta decisão está a gerar uma forte contestação entre as chefias do referido hospital, com vários diretores de serviço a ameaçarem apresentar a demissão em bloco, em solidariedade com a anterior administração liderada por Teresa Luciano, que será agora substituída por Jorge Seguro Sanches, ex-governante socialista que assumiu funções de secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, de 2019 a 2022, e de secretário de Estado da Energia, de 2015 a 2018, em governos liderados por António Costa.

«Não é com a demissão do conselho de administração que se resolvem os problemas, aliás os problemas tendem agora a agravar-se, até porque não é reconhecido que o novo presidente do conselho de administração tenha conhecimentos profundos sobre gestão hospitalar, ao contrário da sua antecessora, que tinha excelentes relações com os profissionais de saúde e com as comissões de utentes. Além disso, é estranho não termos sido informados, nem consultados, sobre este assunto, contrariando o objetivo primordial da criação das unidades locais de saúde que era o de envolver as autarquias locais nos serviços de saúde», acrescenta Paulo Silva.

O presidente da Câmara do Seixal reitera que «não é com esta mudança que se resolvem os problemas estruturais ao nível da saúde, na Península de Setúbal, criando uma perturbação enorme. Precisamos sim, de medidas concretas, no terreno, tais como a construção do futuro Hospital do Seixal, sendo essa uma medida de fundo que irá responder às reais necessidades das populações».

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